Atualmente, para a maioria das empresas de manufatura, a aplicação da conectividade aos sistemas de gerenciamento (ERPs) é algo muito presente. Algumas já trabalham com um sistema MES/MOM e outras planejam implementá-lo em seus roteiros de transformação.
Os principais fatores que motivam as empresas a incluir esse tipo de software no âmbito de seus sistemas são os seguintes:
1. Acompanhamento da produção: Convergir os processos produtivos planejados no ERP com as informações provenientes das máquinas permite acompanhar a execução das ordens de produção em tempo real e sem a necessidade de estar fisicamente na fábrica.
2. Aumento da eficiência operacional: Ao calcular os tempos de ciclo de cada processo, é possível encontrar os pontos de estrangulamento que impedem atingir o ritmo de produção exigido pelo cliente e aplicar o equilíbrio de recursos necessário para alcançá-lo.
3. Controle de ativos: OEE (Overall Equipment Effectiveness) é o indicador por excelência quando se trata do controle das máquinas. Portanto, monitorar esse KPI nos permite qualificar a gestão de nossos ativos.
4. Melhoria da qualidade dos dados mestre: Com o aumento do tempo real de fabricação para o ERP, é possível ajustar o cálculo do custo padrão e o planejamento da fabricação.
A convergência da fabricação com o mundo do comércio eletrônico
Tradicionalmente, a indústria repetitiva tem fabricado na base de lotes de produção. Definindo tanto o lote econômico como a quantidade a ser produzida a partir da mesma referência, onde os custos de preparação de produção e de inventário são equalizados.
Atualmente, estamos diante de uma mudança de paradigma neste sentido. Uma vez resolvida a conectividade com as máquinas de forma bidirecional, é o momento de aproveitar o investimento já feito em infraestrutura e software, afim de desenvolver novos casos de utilização mais inovadores. Como, por exemplo, o conceito Lot Size of One. Basicamente, o objetivo é reduzir o tamanho do lote para a expressão mínima; isto é, um.
Dessa forma, permitiremos que uma ordem de compra feita por um cliente diretamente na Web se torne uma necessidade que o sistema de planejamento converte diretamente em uma ordem de produção.
O programa de produção reduz de forma sequencial diretamente na máquina, que, sem a necessidade de intervenção humana, é capaz de produzir apenas o que é demandado, sem gerar estoques.
Do ponto de vista físico, não constitui um impedimento. Atualmente, as linhas de produção estão cada vez mais automatizadas e os robôs para a mobilidade (AGVs) estão muito presentes nas fábricas, permitindo a construção de linhas de produção totalmente flexíveis com a capacidade de fazer alterações de referência de forma completamente autônoma.
Com a implementação deste tipo de casos de utilização, não só conseguimos reduzir o estoque do produto acabado na fábrica, mas também conseguimos impactar na Experiência de Compra do cliente final. Isso permitirá que você, além de poder escolher uma das referências definidas pelo fabricante, seja capaz de adequar ao seu gosto o produto que melhor corresponda às suas necessidades e preocupações.
Atualmente, a experiência do usuário é cada vez mais um elemento diferenciador no processo de tomada de decisões de compra dos clientes. No entanto, esse conceito não se aplica somente aos modelos de negócios "Business to Customer", já que pode ser aplicado integralmente aos modelos "Business to Business”, além de estar em conformidade com a aplicação da metodologia Just In Time ou Just In Sequence. Se você trabalha dessa maneira com seu cliente (especialmente JIS), provavelmente esteja financiando parte de seu estoque de suprimentos. Ao aplicar este tipo de casos de utilização em sua linha de produção, você pode reduzir substancialmente os níveis de estoque do produto acabado, com o impacto correspondente em sua demonstração de resultados.
Colaboração entre humanos e robôs
Em princípio, é fácil identificar as atividades que podem ser atribuídas a um robô e as que correspondem a um ser humano, mas à medida que automatizamos as operações de manufatura, essa linha se torna mais tênue. É aqui que, por razões de segurança, entram em ação os robôs colaborativos, prontos para operar no mesmo campo de trabalho dos humanos e paralisados se houver algum atrito em um determinado momento.
Orquestrar esse tipo de operação não é simples. É necessário um cérebro que controle cada uma das operações e que indique tanto aos robôs quanto aos humanos quando e como realizar cada operação, de acordo com o planejamento. Essa sincronização é de responsabilidade dos sistemas de Manufacturing Execution (MES).
A robotização transacional
Em torno da produção há muita comunicação interdepartamental ou atividade administrativa transacional, suscetível de robotização. Isso não significa que um robô se mova fisicamente da linha de produção até o depósito para solicitar material. É muito mais simples.
Os PLCs das máquinas ou os sensores adicionados em posições estratégicas da linha de produção medem continuamente as variáveis com informações muito valiosas dos processos de produção. Junto ao monitoramento dessas variáveis, é possível automatizar milhares de operações administrativas que conferem valor em tempo real ao processo.
E se o assunto é manufatura contínua, em relação ao controle de qualidade, por que definir planos de amostragem, tamanhos de amostras, etc. se podemos monitorar a maioria das variáveis de produção em tempo real e apenas descartar aquilo que tem defeitos?
Além disso, conseguimos uma rastreabilidade dos parâmetros analógicos de fabricação. Desta forma, se um lote tiver defeitos, será possível saber em que situação foi fabricado e definir novos alertas que nos obriguem a realizar uma inspeção de qualidade.
Transformação Digital nos Processos de Fabricação
Na Techedge, analisamos o impacto da implementação de casos de uso inovadores no chão de fábrica, ou seja, os diversos benefícios que empresas de manufatura podem ter em seus modelos de negócios.
Naturalmente a prioridade de cada modelo de negócio é única e essa é uma estrada excitante que temos de percorrer.
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