As discussões sobre responsabilidade social e desenvolvimento sustentável não são novas. Surgidos em meados do século 20, os conceitos passaram a ser amplamente debatidos a partir das décadas de 1960 e 1970, e se tornaram fatores relevantes também no âmbito empresarial.
Em um mundo altamente globalizado, não é suficiente preocupar-se exclusivamente com a minimização dos custos e a maximização dos lucros. O cenário organizacional está em constante evolução, atualizando-se permanentemente para atender às demandas do mercado e acompanhar a mudança de mindset dos consumidores. Com cidadãos cada vez mais conscientes e atentos a questões éticas, as empresas sentem a urgência de adotar estratégias que priorizem as boas práticas e desenvolvam uma gestão sustentável.
Nos últimos tempos, muito tem se falado em ESG. O termo é uma abreviação para "Environmental, Social and Governance" (literalmente traduzido como ambiental, social e governança), conceito que ganha destaque entre empreendedores que buscam investimentos responsáveis. Atualmente, fatores ambientais, sociais e de governança têm peso significativo em processos decisórios, tornando as práticas ESG um critério fundamental para a avaliação das corporações.
Neste artigo, apresentaremos a importância do ESG para uma gestão sustentável, social e ambientalmente responsável, e os benefícios que essa prática pode trazer para a sua empresa. Confira a seguir!
A importância do ESG para uma gestão sustentável
A ideia de uma estratégia sustentável para a gestão de negócios ganhou força definitiva nos ambientes corporativos. Acompanhando os valores de uma sociedade progressivamente mais engajada em questões sociais e ambientais, o ESG – além de sua óbvia relevância para o bem-estar coletivo – tem um peso significativo para as empresas, e tem sido determinante para a boa relação com investidores.
De acordo com levantamento realizado pelo Google Trends, as buscas pelo termo ESG cresceram 150%, no Brasil, no último ano. O interesse pelo assunto demonstra uma tendência crescente de aplicar o conceito de gestão sustentável no cotidiano das empresas. Mas, afinal, o que é o ESG na prática?
Uma empresa comprometida com o meio ambiente tem ações voltadas para a resolução de problemas como aquecimento global, emissão de gases poluentes, desmatamento, eficiência energética, gestão de resíduos, poluição do ar e da água, contaminação de solos e preservação da biodiversidade. O pilar ambiental tenta mitigar os efeitos negativos causados pela exploração da natureza pelas atividades econômicas.
A gestão estratégica da sustentabilidade também passa pelo âmbito social. As práticas ESG buscam desenvolver uma relação respeitosa e positiva com a comunidade, trabalhando ativamente para gerar um impacto benéfico para a vida em sociedade. São abordadas questões relativas a direitos humanos, leis trabalhistas, proteção de dados, respeito à diversidade, combate ao racismo e à misoginia, inclusão social, entre outras.
O terceiro pilar se refere aos processos corporativos em si. São abordadas as estratégias, orientações e políticas administrativas das empresas e entidades. Na governança, são debatidas as questões de conduta corporativa, práticas anticorrupção, auditorias internas e externas, transparência de dados, implementação de canais para denúncias de casos de discriminação e assédio, respeito aos direitos dos consumidores, fornecedores e investidores, e demais temas relacionados às boas práticas de gestão sustentável.
Os critérios de ESG dialogam diretamente com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) estabelecidos pela ONU, tratando diretamente dos desafios e vulnerabilidades que envolvem a obtenção de um desenvolvimento realmente sustentável em escala global. Nesse sentido, o ESG é, em suma, a própria sustentabilidade empresarial.
Mais do que uma simples sigla “da moda”, a prática do ESG significa responsabilidade socioambiental, credibilidade e boa reputação para as empresas, de modo que os impactos positivos são sentidos pela própria corporação. De acordo com o estudo ESG Primer: 2022 edition - ESG Matter in LatAm, realizado pelo Bank Of America (BofA), os grandes fundos de investimento globais consideram importante observar como são desenvolvidas as práticas sustentáveis nas empresas.
O desempenho das organizações em questões de ESG é preponderante para manter a competitividade, pois influencia diretamente nos critérios de análise e valoração de uma marca no segmento de mercado em que atua. A pesquisa revela que as diretrizes de sustentabilidade nas organizações devem ser levadas em conta na hora de investir, pois 73% dos entrevistados afirmam que os investidores consideram as questões ESG para tomar decisões.
E tudo indica que empresas sustentáveis são mais lucrativas – é o que aponta o estudo realizado pelo BofA. Segundo a pesquisa, companhias cuja nota ESG melhorou nos últimos anos tiveram um retorno maior na bolsa de valores do que as companhias que tiveram diminuição das notas ESG.
Companhias cuja nota ESG melhorou nos últimos anos tiveram um retorno maior na bolsa de valores.
A tomada de decisão sobre os portfólios leva em consideração as vantagens de uma empresa sustentável, uma vez que há benefícios corporativos cada vez mais evidentes. Em pesquisa realizada pela consultoria The Boston Consulting Group (BCG), ficou provado que empresas que trabalham em prol do meio ambiente e praticam uma gestão sustentável têm margens de valorização mais altas do que organizações que não implementam práticas ESG em seus negócios. De acordo com a BCG, corporações que apresentam melhor desempenho em ESG alcançam um valuation de 3% a 19% maior do que aquelas com desempenho mediano.
A pesquisa mostra que o crescimento do investimento socialmente responsável está acelerando, representando mais de 36% dos ativos globais sob gestão e devem totalizar 53 trilhões de dólares até 2025.
Dados interessantes também são revelados pelo relatório da consultoria e auditoria PwC: de acordo com o estudo, 57% dos ativos de fundos mútuos na Europa estarão em investimentos que consideram os critérios ESG até 2025, e 77% dos investidores institucionais planejam parar de comprar produtos não ESG nos próximos dois anos.
Assim, vemos que as questões ESG têm grande relevância nas análises de riscos e nas decisões de investimentos de bancos, gestoras de investimentos, investidores internacionais, fundos de pensão e até mesmo de pequenos bolsos. Esse cenário apresenta grandes desafios para o setor empresarial, que deve acompanhar a movimentação global em busca de ações de impacto positivo para a sociedade e o meio ambiente.
Quais são as expectativas para o ESG e a sustentabilidade?
O mundo experimenta novas formas de fazer negócios. Os últimos dois anos, marcados pela pandemia de Covid-19, foram decisivos para a emergência de transformações aceleradas em escala global e há uma demanda crescente por empresas socialmente responsáveis e verdadeiramente comprometidas com seus stakeholders.
Em pesquisa realizada pela PwC, ficou constatado que a maioria dos investidores entrevistados espera que as práticas ESG sejam parte central das estratégias empresariais e que seja priorizada a redução das emissões de gases do efeito estufa.
Os investidores também dizem considerar a responsabilidade da alta administração em relação ao ESG fundamental para avaliar o comprometimento da empresa com a sustentabilidade. Dos 325 investidores entrevistados, 82% afirmam que as empresas devem incorporar o ESG diretamente na estratégia corporativa e 68% acham que as medidas e metas de desempenho ESG devem ser incluídas nos acordos de remuneração dos executivos.
Entretanto, é interessante observar que 49% dos investidores não estão dispostos a aceitar uma taxa menor de lucratividade em troca de benefícios sociais. Apenas 34% dos entrevistados aceitariam uma taxa menor de retorno do investimento, enquanto 17% se declararam neutros em relação à questão.
Evitar boicotes, multas e uma indesejada associação de imagem a práticas antiéticas são algumas das preocupações diárias de gestores que acompanham atentamente as exigências do mercado. Desse modo, manter uma relação equilibrada com a sociedade e o meio ambiente, sem abrir mão da lucratividade, é o grande desafio da atualidade e tudo indica que a demanda por uma gestão sustentável veio para ficar.
Quais as vantagens do ESGeo?
No âmbito da gestão sustentável, há uma demanda crescente por reports que ofereçam informações relevantes, oportunas, completas e comparáveis. Estabelecer métricas que acompanhem de forma fidedigna as práticas ESG é uma urgência, pois o estudo desenvolvido pela PwC também revelou que apenas 33% dos investidores consideram suficientemente boa a qualidade dos relatórios que recebem atualmente.
Nesse sentido, contar com uma ferramenta que disponibilize dados e insights em tempo real é indispensável para a consolidação do ESG nas empresas. É com o uso dessas informações que a empresa vai identificar a competitividade, o crescimento e a reputação de um negócio no mercado.
Para gerar a transparência necessária para a elaboração de reports, a Techedge desenvolveu o ESGeo, a única ferramenta no mercado brasileiro capaz de metrificar de forma assertiva e completa as iniciativas ESG.
O ESGeo é um software integrado em nuvem, alimentado por Inteligência Artificial e elaborado especificamente para administrar a complexa cadeia de valor de fatores ambientais, sociais e governamentais. Além de melhorar a comunicação entre os diversos setores da organização, a ferramenta facilita o gerenciamento da estratégia de sustentabilidade e possibilita a geração de relatórios confiáveis e aprofundados.
Confira as principais vantagens do ESGeo:
- Já contempla KPI’s em linha com o padrão internacional GRI e SASB;
- Ferramenta end to end: usuários coletam e consolidam os dados, gerando reports para divulgação de forma colaborativa;
- Controle de acessos e auditoria.
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