A gestão de fornecedores é o processo que envolve escolher, estabelecer parceria e avaliar constantemente provedores de bens e serviços, sendo fundamental para que a organização garanta o recebimento de produtos e serviços previsíveis e de alta qualidade.
Logo, a gestão de relacionamento com fornecedores é a abordagem sistemática para desenvolver e gerenciar essas parcerias. Seu objetivo é encorajar a criação de valor e o crescimento mútuo ancorado em confiança, comunicação aberta e mentalidade ganha-ganha.
Empresas que contam com provedores de tecnologia, por exemplo, devem ter uma gestão de relacionamento com fornecedores. Segundo o Gartner, isso é importante para garantir a otimização de custos, mitigar riscos e melhorar continuamente processos operacionais.
Ao longo deste artigo, iremos abordar dificuldades e obstáculos inerentes à gestão de relacionamento com fornecedores, como também as vantagens que sua empresa obtém ao executá-la com maestria.
Acompanhe!
Os desafios e a importância da gestão de relacionamento com fornecedores
Em 2019, a Deloitte realizou um estudo global no qual pesquisou, entre outros tópicos, a gestão de fornecedores. A consultoria descobriu que 55% dos entrevistados empregam essa estratégia buscando redução dos riscos previsíveis da cadeia de suprimentos.
Mas, a gestão de relacionamento com fornecedores vai muito além disso. E requer um gerenciamento formal e consistente. Do contrário, as organizações podem se deparar com a não conformidade e com comportamentos inadequados de seus fornecedores.
Não ter uma boa estratégia de relacionamento com fornecedores leva a problemas como o não recebimento de materiais e serviços importantes a tempo ou com qualidade aquém da desejada, assim como passa por violação de leis trabalhistas, de segurança e regulamentação.
Em suma, o ritmo colaborativo exigido por um mercado cada vez mais dinâmico e globalizado exige uma gestão de fornecedores planejada. E isso requer relacionamentos onde as parcerias sejam produtivas e guiada por uma ética clara para todas as partes.
Os desafios da gestão de relacionamento com fornecedores
Realizar uma boa gestão de relacionamento com fornecedores não é tarefa simples, existem alguns desafios a serem superados na maioria das empresas. Um estudo global da PwC identificou os três mais comuns:
- Excesso de ênfase na redução de custos: quando a empresa só quer pagar menos e ter prazo maior. Em médio e longo prazo, a companhia pode ficar a mercê de fornecedores que, por ceder tanto, não conseguem entregar uma boa qualidade.
- Falta de competências de relacionamento: quando se tem foco total nas compras, no qual não se trabalha influência, gerenciamento de mudanças e mediação de conflitos. Isso gera desgastes entre compradores e clientes, torna as negociações hostis, gera insatisfações para ambas as partes e dificulta relacionamentos de longo prazo.
- Alinhamento insuficiente entre negócio, compras e fornecedores: quando falta esforço para uma interação real, que vá além do discurso. Esse desafio geralmente é resultado dos dois anteriores, e impossibilita ganhos reais para as partes.
Portanto, falamos de algo que requer uma estratégia, ou seja, um curso de ações com objetivos claros e de mensuração factível.
Os benefícios que a empresa obtém ao estabelecer essa gestão
Entremos agora no detalhamento das vantagens de uma gestão de fornecedores onde os relacionamentos são essenciais. Aqui estão as principais:
- Ganhos de eficiência e competitividade
Os provedores compreendem melhor o negócio e atendem suas necessidades de forma mais eficaz. Os problemas têm resolução em tempo hábil, pois há diálogo aberto e respeitoso.
- Minimização da volatilidade dos preços
Uma relação ganha-ganha evita que os fornecedores simplesmente repassem aumentos. Eles passam a considerar o histórico de relacionamento, propondo alternativas e cedendo para evitar desconfortos e quedas nas compras.
- Consolidação da cadeia de abastecimento
Um pool de fornecedores fiel e de fácil negociação é tão importante quanto a carteira de clientes. Contar com parcerias consolidadas gera menos stress e evita a necessidade de compras de última hora com provedores desconhecidos.
- Melhoria contínua das operações
Com rotinas e parcerias estabelecidas, há pouca flutuação de atividades e processos. E isso se reflete na produtividade da operação, que está sujeita a menos surpresas no cotidiano.
- Facilitação da inovação aberta
Parcerias ancoradas na colaboratividade abrem caminhos para sugestões e críticas construtivas. E isso faz com que o fluxo de ideias vindas de fora seja contínuo, favorecendo iniciativas inovadoras.
Os principais KPIs a serem analisados na gestão de relacionamento com fornecedores
Possuir uma gestão com base em dados é essencial, inclusive, na otimização do relacionamento com fornecedores.
Para gerenciar com sucesso os relacionamentos com fornecedores apropriados, é necessário olhar para eles a partir de uma postura prática. Dividindo o relacionamento em etapas e, em seguida, a função do gestor é medir o sucesso com base na entrega de resultados de negócios.
Logo, é muito importante ter indicadores-chave de desempenho (Key Performance Indicators — KPIs) a serem acompanhados e analisados.
Para tal, tomemos como exemplo esses KPIs mais recomendados na gestão de fornecedores de tecnologia, por exemplo:
- Tempo médio de atendimento: taxa que mede o tempo entre a abertura de um chamado e o atendimento pelo time de suporte do provedor. Quanto menor ela for, mais bem o fornecedor deve ser avaliado.
- Nível das entregas: a partir de um indicador máximo de avaliação das entregas, observa-se a pontuação média do fornecedor. Isso pode ser feito mensal, trimestral, semestral ou anualmente.
- Evolução do preço: percentual dos aumentos, ou das reduções de valor, ao longo de um período determinado.
- Índice de bugs: corresponde ao volume de falhas ou erros técnicos dos produtos ou serviços adquiridos. Essa taxa é medida tendo como parâmetro a definição de um índice aceitável.
- Lead time: período entre o início de uma atividade e o seu término. Normalmente este KPI é definido no contrato e/ou no acordo de nível de serviços (SLA) assinado com o fornecedor.
- Saving: economia gerada nas negociações, medida ao longo de um ciclo de relacionamento ou em cada transação realizada.
É interessante que os fornecedores tenham conhecimento da avaliação dos KPIs. Assim, cria-se uma cultura de feedback constante, visando a melhoria contínua do relacionamento.
Como o NRF pode te ajudar com a gestão de relacionamento com fornecedores
A gestão de fornecedores, como você já viu, requer cuidados específicos com os relacionamentos. Para tal, é fundamental estabelecer e acompanhar indicadores. Os planos de ação requerem análise e decisões em tempo hábil, sempre visando mediar conflitos e minimizar os riscos.
Assim sendo, é imprescindível contar com ferramentas tecnológicas para facilitar essa estratégia. É nesse momento que entra o Nimbl Ripple Framework — NRF®, solução da Techedge para digitalização prática e fácil de negócios.
O NRF® é aplicado para acelerar a digitalização e automação dos processos de negócios. Com essa aplicação, é possível potencializar a agilidade da gestão de relacionamento com fornecedores.
A digitalização e a automação se tornam mais simples de implementar. O sistema também facilita a escalabilidade da estratégia; ou seja, favorece a evolução da transformação digital em diversas frentes.
Além disso, o NRF® facilita o cotidiano dos profissionais envolvidos nas relações com fornecedores. Ele torna tudo mais dinâmico e orientado a dados, o que auxilia na hora de avaliar e manter relacionamentos valorosos para todas as partes envolvidas.
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